quinta-feira, 11 de abril de 2013

A G e o Baby I



Nunca foi assunto que me preocupasse muito, este da G receber em casa o Baby I. Ela adora crianças e tenho a certeza que o vai adorar a ele e que vão ser grandes amigos, pelo menos no futuro. Se a nós, adultos, quando está muito feliz ainda salta, às crianças só cheira e dá lambidelas, mas como se de porcelana se tratasse!! Tem perfeita noção de quem é "grande" e de quem é "pequenino", tratando cada um com a devida distinção. E adora brincar com os pequeninos. Vai para o meio deles, entra nas brincadeiras, e deixa que lhe façam tudo! E ainda agradece - com beijinhos, que é a forma de agradecimento dela.


O que me anda a apoquentar é o facto de ela, que já andava muito mais carente e apelativa desde o início da gravidez, estar bem pior! E ainda há 2 dias atrás entrei na cozinha de manhã e tinha um xixi em cima da passadeira.. Ela, que, só quando teve uma infecção urinária, fez tal coisa!! E só pode estar relacionado.. Porque fez xixis nos horários habituais, por isso, não foi por não ter feito. 
Até haver um bebé na minha barriga, quando só nós os 3 estávamos em casa, e falávamos (inevitavelmente!!) "à bebé", o destinatário era ela, claro. Agora noto que, às vezes ela está a ressonar, e o I vem fazer festinhas à minha barriga e falar com o pequenino, e ela arregala os olhos, como se a tivessem chamado, mas logo se apercebe que não é para ela e baixa os olhinhos, triste.. Nós temos tentado ser exactamente iguais com ela, até temos brincado mais!, mas eu sei que ela vai sentir, pelo menos nos primeiros tempos, que o bebé da casa deixou de ser só ela. E isso preocupa-me... 

Já ouvi dizer que a maioria dos cães não fica contente quando nasce um bebé, porque no fundo vai perder o reinado por causa de um "brinquedinho" novo, até porque esse "brinquedinho" vai soltar ruídos estranhos, dormir num espaço novo feito para ele ou até mesmo no quarto dos "donos da matilha" (coisa que com muitos deles nunca aconteceu), além de precisar de muita atenção. Por isso, há que ter alguns cuidados, tais como:
- Não mudar a rotina do cão por causa do bebé (ou então, se for para mudar, que seja antes do nascimento). No fundo, os cães adoram as suas rotinas, e se isso não for modificado com a vinda do bebé, pelo menos não está tudo perdido! A Gia tem a rotina muito bem definida, pelo menos até ao fim da tarde - nessa altura é que pode ser variável, conforme o tempo lá fora principalmente, porque se estiver bom tempo, podemos brincar mais ao ar livre. De resto, nunca muda muito, e vamos tentar que se mantenha sempre assim.
- Não mudar os locais de acesso do cão, depois do bebé nascer (ou então, se for para mudar, que seja antes do nascimento). Aqui, tenho que tirar o chapéu ao I, porque ele sempre exigiu que a Gia não passasse para o hall dos quartos, ou seja, ela só tem acesso ao corredor principal, sala e varanda, escritório, cozinha e marquise. Nunca entrou para o outro lado, mesmo com a porta aberta. Às vezes até pode pôr uma pata (ou as duas da frente, até!) quando está muito curiosa, mas vai logo para trás, porque sabe que não pode. E nada disto irá mudar com o nascimento dele.
- Fazer com que a casa pareça que tenha um bebé desde já, para o cão não estranhar. Como? Deixar o carrinho na sala, e não ralhar se ele for cheirar, mas presentear com um mimo, andar pela casa com um boneco nos braços (como se fosse o bebé) e não deixar que ele salte, mas deixando cheirar se ele se portar bem.
- Quando o bebé nascer, alguém levar uma fraldinha ou algo que tenha o cheiro do bebé para que o cão possa cheirar (e ao mesmo tempo, dar-lhe mimo, para que ele associe).
Quando o bebé chegar a casa, não deve ser a mãe a trazê-lo ao colo, porque esteve muito tempo longe dele, e ao aparecer logo com o "rival" pode ser forte demais, quando o cão está a morrer de saudades. Deve vir com os braços livres para poder fazer umas festinhas. Quando ele estiver mais calmo, aí sim, deve-se levar o bebé e deixá-lo cheirar (vai associar à fraldinha).
- Nunca ralhar com o cão à frente do bebé (assim, ele achar que o bebé é o seu "porto seguro"). Há quem defenda, até que se pode deixar uma ou outra guloseima na parte de baixo do carrinho, como se fosse um presente do bebé para o seu amigo.

Vou ter em conta todas estas dicas, com certeza, porque a Gia não é só um "cão", foi o meu único bebé até agora, e, de todo!, não age só com instintos animais, muito pelo contrário, parece uma pessoa - só não fala, ou melhor, não verbaliza! Não acredito que as rotinas sejam alteradas, porque, graças a Deus!, temos muito suporte, tanto familiar como da senhora que está cá todos os dias (e que até a trata como Giinha!). Os locais de acesso vão ser os mesmos, por isso, nem vai ter noção que ele vai dormir no mesmo espaço que nós até aos 6 meses. Quanto a ir deixando coisas dele pela casa, já o faço, mas ainda não andei com bonecos ao colo - será o próximo passo! O resto, farei quando ele vier, porque estou disposta a fazer tudo o que tiver ao meu alcance, para que a minha menina sinta o menos possível a chegada do "irmão". E que esta chegada seja sinónimo de muita alegria e uma amizade para sempre!


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