sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A entrar no ritmo!

Comecei a trabalhar há pouco mais de um mês e, se por um lado parece que foi ontem, por outro parece que já foi mesmo há imenso tempo!! Não custou tanto como eu estava a pensar porque, além de ter reduzido as horas de trabalho, os utentes para ver são tantos (mas tantos!!!), que o tempo passa a voar. Só dá tempo de fazer um xixi, beber um iogurte e tirar leite (muito leite!), porque de resto é só trabalhar. Ora ver utentes com consulta marcada, ora ver urgências, ora tratar de papelada, ora passar receitas, ora registar exames, ora fazer domicílios. Se achava que estava destreinada por ter estado tanto tempo em casa, rápido rápido esse assunto foi tratado sem sequer dar tempo para pensar nisso! É que quase só respiro quando já estou a entrar no carro para voltar para o pé do meu príncipe.
E se isto é o que se passa com a Cátia-médica, com a Cátia-mãe o tempo tem dado para muito pouco mesmo. Como já aqui disse, quando trabalho de manhã acordo às 6:15, o que cá entre nós é muito, mas muito, mas muito!! cedo!, principalmente para quem andava a deitar-se perto da 1h porque acordava a criança para mamar à meia-noite, que demorava a acordar - tadinha! - (agora esta mamada está a ser mais cedo). Ou seja, o que acontece, muitas vezes, é chegar a casa, almoçar, tratar dele, e muitas vezes, cair a dormir a sesta ao mesmo tempo. Quando as manhãs são livres, e como ele acorda sempre às 7, quando ele começa a ficar com sono outra vez (já eu tomei o pequeno-almoço), levo-o para a minha cama e dormimos agarradinhos. Quando acordamos, ele mama, arranjo-o e para pouco mais dá. 
E pronto, tem sido esta a minha vida à semana! Claro que tem que dar para outras coisas, como ir ao supermercado e tal, mas para pouco mais. Acredito que seja uma fase de adaptação e que, entretanto, consiga organizar-me muito melhor. Aliás, já estou a conseguir apenas com o simples facto de não o acordar à meia noite, mas mais cedo! Entretanto, as papas e as sopas e as frutas já entraram também nas nossas rotinas e se no início cada refeição demorava mais de uma hora, agora, em meia hora, o assunto já está praticamente arrumado e o I já está sentado no pote!!! Sim, no pote!!! ^_^ Como ele começou com as papas, ficou obstipado. E, coitadinho, sentia-se muito mal com isso. Com a introdução da sopa e com a minha insistência (que puxava por ele), começou a fazer sempre que lhe pedia, e agora, peço com ele já sentadinho no pote, e pronto! Já está! =) Não sei até quando isto vai durar, mas que é muito engraçado ver uma criança tão pequena sentadinha a tratar da sua vida, lá isso é!!

Isto tudo para dizer que não me lembro de alguma vez andar tão cansada (nem quando estava grávida!), mas que também nunca me senti tão feliz e realizada. As semanas voam e os fins-de-semana são aproveitados ao máximo com passeios, almoços e lanches maravilhosos. Nós os 2 derretemo-nos a olhar para ele e não conseguimos realizar como foi possível fazermos uma "coisa" tão maravilhosa. Ainda não consegue andar no voador, mas brinca muito quando lá está e, como fica da altura da Gia, é "namoro pegado". Ri-se e dá gargalhadas como se não houvesse amanhã. Faz festinhas nas caras das pessoas, adora sentir os cabelos, palra e palra e palra!E tudo isto é a maior delícia que alguma vez já provei. Ainda não tem dentes, mas já faltou muito mais... Deve estar para muito breve! De barriga para baixo, não gatinha (os pais também não gatinharam), pelo contrário, levanta os braços e as pernas como se tentasse planar e depois começa a rir-se! 
Enfim... Podia estar aqui a tarde toda a falar do meu rebento (e que bem estaria!), mas ele está a acordar, e vou ter que lhe dar o lanche...

Volto em breve! (hope so...)

domingo, 17 de novembro de 2013

Ser mulher é...

... dar pulos outra vez porque me pesei e já peso menos que o que pesava há 15 meses atrás!!!

Ser mãe é...

... dar pulos de alegria, chamar o pai e ligar à avó, por o Mini ter perdido p'rái meio quilo depois de me ter dado um banho de cocó...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Será?

Segunda-feira foi dia de vacinas. 4 vacinas... Ele chorou tanto, mas tanto, que doeu... Depois adormeceu, ainda no centro de saúde, enquanto esperávamos pela minha vacina do tétano. Continuou a dormir no carro e em casa. Acordou super-bem-disposto e a rotina continuou. A diferença (e que GRANDE diferença!) foi ter acordado ontem às 6:45! O verdadeiro sonho! Eu só pensei: a ida às vacinas cansou-o mesmo, tadinho. O que é certo é que hoje voltou a ser assim: acordar às 6:45. Será que o ciclo das 5:30 terminou? É que isto sim, é uma maravilha! Podia ser assim para sempre que eu não me importava... Até tenho medo de falar sobre isto...

domingo, 3 de novembro de 2013

Amamentar até quando?

Acabei de ler o artigo da Revista Pais & Filhos "Um ano e ainda mama? Sim!" acerca da amamentação tardia não ser considerada "normal", sendo muitas vezes alvo de comentários menos agradáveis. Fala também da pobre formação durante os cursos de medicina e enfermagem acerca do aleitamento materno, que se reflecte no dia-a-dia dos profissionais no tratamento das suas utentes/pacientes.

Como já aqui falei, voltei ao meu trabalho. Sou médica-de-família e posso garantir-vos que se por um lado me sentia meia enferrujada em algumas áreas da saúde por ter estado tanto tempo fora, noutras me sinto melhor preparada que nunca (nomeadamente no que toca às grávidas e às crianças). Lembro-me que na minha última consulta de grávida que tive, estava a fazer o CTG e disse à minha obstetra que com toda a certeza iria ser muito melhor médica agora. Ela sorriu e concordou plenamente, que também tinha sentido isso. É que é mesmo. Há mil e uma coisas que não são aprofundadas durante o curso. E garanto-vos que não são coisas menos importantes (muito pelo contrário). Enquanto grávida e recém-mãe tive tantas dúvidas que sendo médica não sabia responder que vocês não podem imaginar. Eu também questionava tudo e mais alguma coisa, é certo, mas foi como se tivesse feito outro curso, que agora me dá ferramentas maravilhosas para ajudar as minhas utentes. E eu só trabalhei 8 dias ainda e já notei muita diferença.

Relativamente ao aleitamento materno, não posso dizer que é um "mundo à parte" porque talvez fosse forte demais, mas tem mesmo muito que se lhe diga. Como mulher (antes de ser médica e mãe), sempre quis ser mãe com o pacote completo: ficar grávida, gozar muito a barriga, amamentar, dar muito amor, muitos beijos, muito "tudo" aos meus filhos. Talvez por ter a mãe que tenho, o exemplo que tive. Amamentou a mim e à minha irmã até tarde. Como médica, não posso dizer que não absorvi lindamente os ensinamentos (ainda que teóricos) que tive dos benefícios da amamentação e assuntos relacionados com este tema (mas será que assim foi por a predisposição para isso ser tão forte?). Sei que estudei este tema sempre com grande entusiasmo e sem grande preocupação em decorar isto ou aquilo porque me parecia lógico demais e o melhor. Como mãe, acho que já deu para entender como encaro esta situação. O meu filho, que fez ontem 6 meses, ainda não meteu nada à boca que não seja medicação e o meu leite. NADA mais além disso. Temos consulta no pediatra esta semana e só aí falaremos em introduzir outros alimentos, porque aleitamento exclusivo após os 6 meses já não faz sentido. No entanto, e para se ter noção do "mundo" que é amamentar, as dúvidas ainda vão surgindo. Tive muita sorte de conhecer uma enfermeira super-querida conselheira em amamentação que me deu o curso de massagem infantil e, de vez em quando, lá lhe ligo, e ela tira-me todas as dúvidas e mais algumas. No meu emprego, também não me posso queixar: estão a colaborar em tudo para eu poder continuar a amamentar.

Claro que implica dedicação e esforço, mas compensa tanto!... Claro que antigamente não me levantava às 6:15 para trabalhar; mas hoje levanto-me a essa hora para dar tempo ainda de o amamentar e congelar um biberão de leite. Faço um intervalo a meio da manhã para tirar mais um biberão de leite; para isso, não me posso esquecer de nada: bomba, sacos de congelação/biberões, sacos térmicos. Saio a correr do emprego para vir a tempo de o amamentar. E de tarde é muito semelhante: amamento-o às 13:15, saio para trabalhar (entro às 14), faço intervalo a meio da tarde e venho para lhe dar o "jantar". Aguento acordada (nem sempre, vá...) até à meia noite para lhe dar outra vez antes de me deitar. Claro que era muito mais simples ele mamar outro biberão, passando "a função" ao pai, à avó ou à L. Eu não precisava de correr tanto e podia dormir mais, mas não quero porque sei o que o meu filho e eu ganhamos com isto. 

Isto para dizer que se até ele nascer e passar por esta experiência eu já incentivava o aleitamento materno, agora então é que incentivo, e ainda dou dicas e esclareço dúvidas que nunca me teriam passado pela cabeça. E isso faz-me sentir muito bem porque sei que, no que depender de mim, os bebés que vou seguir até serem adultos serão amamentados até ser possível!

Imagem tirada do site da American Academy of Pediatrics

Despertador das 5:30

Sim, é mesmo das 5:30... Se fosse das 17:30, ainda ia como não ia, agora 5.30? Mas porquê?...
Há uma semana que o mini acorda (vai-se lá saber porquê), às 5:30. É que não é para a frente nem para trás, é mesmo às 5:30. E não acorda mal disposto ou a chorar. Acorda e começa a papaguear. Eu só oiço A-be-béééé, A-buuuu, A-guuuu! Se eu não tivesse que acordar às 6:30 quando trabalho de manhã, até não me importava, mas aquela última horinha é tão importante... E ele PIMBA! acaba com aquele último soninho sem dó nem piedade! E pronto, anda ali cerca de uma hora (até às 6:30) e depois adormece profundamente...
Só espero que seja uma adaptação à pequena mudança que a vida dele sofreu. E digo pequena porque é mesmo pequena: enquanto estou fora está acordado, ao todo, cerca de 2 horitas. Fica acordado quando saio, mas entretanto adormece, acorda lá para as 10 da manhã, bebe um biberão dado pela L ou pela minha mãe, brinca um bocadinho e volta a dormir. Vamos lá ver até quando é que isto vai durar...

sábado, 2 de novembro de 2013

6 meses


Há 6 meses (e 6 horas) eu estava assim, no estado de felicidade mais pura já vivenciada! Aliás, quem é mãe sabe perfeitamente do que estou a falar. 
Tenho exatamente esta foto no meu wc para todos os dias de manhã a ver quando me levanto. Posso ter tido a pior noite, posso estar a morrer de dores de cabeça, mas olho para esta foto que eterniza o momento do nascimento do meu filho e é como se me lembrasse de tudo o que senti. Ver a carinha dele, a chorar (como eu tanto queria ver e ouvir), sentir o cheirinho dele, a sua pele, o seu cabelo (que já era espetado)... Vê-lo com a roupinha que escolhi com tanto amor, que dobrei, desdobrei, dobrei, voltei a desdobrar e a dobrar... Lembrar-me de o abraçar, e dos tanto beijinhos que lhe dei em todo o lado... A minha cara diz tudo!!! Os meus olhos brilhantes como eu sei lá - felicidade estampada!
Hoje, passados 6 meses, continuo a sentir-me a mulher mais feliz do mundo. Deus está a presentear-me com tanto que, só de pensar, fico com lágrimas nos olhos. E é mesmo verdade: cada dia o amor aumenta! Ele tem o sorriso mais meigo que eu já vi (mas também o mais malandreco), abraça-se a mim e eu ganho tudo, encosta o nariz em mim e eu derreto! São 6 meses do melhor que eu já conheci e parece mesmo que melhor é impossível, mas olhando para trás, começo a entender que afinal é possível e sei que amanhã o vou amar ainda mais... 
E eu podia estar aqui a dizer mais mil e uma coisas que nunca ia conseguir descrever o que sinto por ele... É MARAVILHOSO!!!